A síndrome de Asperger caracteriza-se como uma alteração qualitativa das interações sociais recíprocas semelhantes às observadas no autismo.
A síndrome de Asperger (SA), nome dado em homenagem ao pediatra vienense Hans Asperger (1906-1980), é um transtorno de validade nosológica incerta, caracterizado por uma alteração qualitativa das interações sociais recíprocas, semelhantes às observadas no autismo, com um repertório de atividades e interesses restritos, estereotipados e repetitivos. O primeiro relato foi feito em 1944 pelo próprio Hans Asperger, mas ele a intitulou na época como psicopatia autistica e somente em 1981, Lorna Wing introduz o termo síndrome de Asperger. Por não ter uma etiologia confirmada, esta síndrome pode levar a diagnósticos tardios, muitas vezes errados, pois a SA facilmente pode ser confundida com outras síndromes, com conseqüências devastadoras para os pacientes, principalmente no que se refere ao desenvolvimento da linguagem desses indivíduos. Em sua primeira descrição Asperger caracterizou o uso estereotipado, desajeitamento, interesses obsessivos e déficits no comportamento social duradouros de personalidade, afetando preferencialmente meninos.
A SA ainda caracteriza-se pela alteração a nível prosódico, com a fala pedante desses indivíduos e dificuldades na semântica como, o sujeito é incapaz de realizar uma representação de uma representação, ou seja, uma metarepresentação com dificuldade em dar significado ao significante e até mesmo de identificar e diferenciar sentimentos.
O tratamento indicado para alteração a nível prosódico e semântico são as terapias fonoaudiológicas onde o fonoaudiólogo vai observar e estimular um melhor desenvolvimento no processo comunicativo interacional no discurso desses indivíduos suavizando a prosódia e automaticamente melhorando e adequando a semântica.
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