quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dia Mundial da Saúde - 07 de Abril

No Dia Mundial da Saúde adote hábitos que garantem a longevidade
Dia da Água, Dia do Rim, Dia da Nutrição… essas datas podem soar sem propósito. Mas tem um objetivo muito claro: alertar a população sobre hábitos que melhoram a saúde e consequentemente a qualidade de vida.
Este é o caso do Dia Mundial da Saúde. A data, criada em 07 de Abril de 1948 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), surgiu da preocupação de seus integrantes em manter o bom estado de saúde da população e alertar sobre os principais problemas que podem afetá-la.

Segundo a OMS, ter saúde é garantir a condição de bem estar das pessoas, mantendo os aspectos físicos, mentais e sociais das mesmas em harmonia. Pensando em soluções práticas para o dia a dia, Paulo Maurício Chagas Bruno, superintendente clínico do Hospital viValle selecionou algumas dicas importantes, para serem anotadas na agenda e virarem hábitos para uma vida mais saudável:

Atenção com a alimentação
Quando adotamos hábitos alimentares inadequados, colocamos em risco nossos melhores esforços para controlar o peso e fortalecer nosso corpo. O grande segredo é comer um pouco de tudo, o famoso prato colorido. Elimine da dieta o excesso de gorduras e carnes vermelhas e acrescente cereais integrais, legumes e verduras. Beba muita água, sempre.

Pratique exercícios físicos
Procure fazer pelo menos três caminhadas de 30 minutos por semana. Além de ajudar a queimar calorias, a prática de exercícios regularmente acelera o metabolismo dificultando o aumento de peso. Mas antes de estabelecer esta nova rotina, procure seu médico, para certificar-se que tudo está bem e que você não tem nenhuma restrição.

Lembre-se que fumar é prejudicial à saúde
Fique longe deste vício. No Brasil, cerca de 200 mil mortes por ano estão relacionadas ao tabagismo.

(Por Monique dos Anjos)
fonte:mdemulher

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A INFLUÊNCIA DA LUDICIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DA INTENÇÃO E INTERAÇÃO COMUNICATIVA DE UM INDIVÍDUO COM AUTISMO

RELATO DE CASO


A INFLUÊNCIA DA LUDICIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DA INTENÇÃO E INTERAÇÃO COMUNICATIVA DE UM INDIVÍDUO COM AUTISMO


Ana Ester Morais Alves¹, Érica Alessandra Caldas², Camila Malcher Teixeira³


RESUMO

O autismo é considerado atualmente como uma síndrome comportamental com etiologias múltiplas em conseqüência de um distúrbio de desenvolvimento, sendo caracterizado por déficit na interação social. Apresentamos aqui o caso de um paciente encaminhado a Clinica Escola de Fonoaudiologia do UniCEUMA em São Luis do Maranhão, com autismo, apresentando sinais de alterações na comunicação oral. O indivíduo foi submetido a um protocolo de anamnese e uma avaliação fonoaudiológica de linguagem, onde foi constatada grande alteração no que se refere à intenção e interação comunicativa do indivíduo, devido a esse fator o paciente passou por sessões fonoterapêuticas envolvendo a ludicidade, onde se pode observar no decorrer das sessões a influência e a eficácia do lúdico para o desenvolvimento da intenção e interação comunicativa do indivíduo.


Unitermos: Autismo; Intenção; Interação; Ludicidade

INTRODUÇÃO

 

A expressão autismo foi utilizada pela primeira vez por Bleuler em 1911, para designar a perda do contacto com a realidade, o que acarretava uma grande dificuldade ou impossibilidade de comunicação (1). Kanner, em 1943, usou a mesma expressão para descrever 11 crianças que tinham em comum comportamento bastante original, sugerindo que se tratava de uma inabilidade inata para estabelecer contacto afetivo e interpessoal (2).

O autismo é considerado hoje em dia como uma síndrome comportamental com etiologia múltiplas em conseqüência de um distúrbio de desenvolvimento, sendo caracterizado por déficit na interação social visualizado pela inabilidade em relacionar-se com os outros, usualmente combinado com déficits de linguagem e alterações de comportamento (3).

A maioria das crianças autistas se relaciona com os adultos apenas como provedores mecânicos de suas necessidades elementares, mas depois se tendem a afastar-se quando são feitas tentativas de comunicação ou até ficam próximas, mas nunca fazem contato espontaneamente ou demonstram qualquer desejo positivo de interação social (4).
O lúdico é uma forma pela quais as crianças podem perceber como se encaixam
dentro de um ambiente, além de promover o processo de socialização e interação com o próximo (5). As técnicas terapêuticas envolvendo a ludicidade têm um papel fundamental na contribuição para o desenvolvimento dessas relações sociais entre elas a intenção e interação comunicativa desses indivíduos (6).

 
CASO CLINICO


Neste artigo, apresentamos um caso de um paciente portador de autismo, do sexo masculino, 13 anos, natural e procedente de São Luis-Maranhão, com déficits intelectuais e alterações em nível de linguagem, o mesmo foi encaminhado a Clinica Escola de Fonoaudiologia do UniCEUMA. O paciente foi submetido a um protocolo de anamnese e avaliação fonoaudiologica, além da conversa formal e informal, foi lhe oferecido várias atividades lúdicas, como jogos de encaixe e bola, onde foram observadas alterações em níveis de intenção e interação comunicativa, ocorrendo ausência de iniciativa para a comunicação tanto gestual como a oral, pois o paciente não demonstrou nenhuma forma de interesse pelo que lhe foi apresentado, o mesmo sempre isolado, distante e de cabeça baixa sem demonstrar qualquer tipo de reação quanto à intenção de realizar as atividades e muito menos a de interagir com o terapeuta. Realizada a avaliação e identificação da alteração, o paciente passou por sessões fonoterapêuticas, onde utilizamos os mesmos recursos da avaliação, as atividades envolvendo a ludicidade com, bola, jogos de encaixe, quebra cabeça e pintura, na terceira sessão o paciente apresentou a primeira tentativa de intenção comunicativa, quando colocado os blocos de encaixe sobre a mesa, o individuo olhou para os mesmo e o pegou pela primeira vez, na quarta sessão o paciente já passou a interagir com o terapeuta, já conversavam de forma esporádica e montava os blocos de encaixe, hoje em dia o paciente obedece a ordem simples, realiza atividades de pintura, adora jogar bola e sai sempre abraçado da sala de terapia com o seu terapeuta, assim podemos afirmar com toda e total convicção a influência e a eficácia do lúdico para o desenvolvimento da comunicação, principalmente nos níveis de intenção e interação comunicativa de um individuo.


DISCUSSÃO


O autismo caracteriza-se com uma alteração na linguagem comunicativa do indivíduo (7). Essas alterações na comunicação requerem um enfoque metodológico especial e para diagnosticar o problema, inicialmente é feito uma anamnese, ou seja, uma conversa inicial onde essa anamnese deve seguir toda história clínica, definindo ao máximo todos os dados da enfermidade atual, os antecedentes pessoais, aspectos fisiológicos, patológicos e sociais, pois uma história completa e detalhada evita erros, assim obtendo um diagnóstico correto e preciso (8,9).

a linguagem comunicativa foram demonstradas em várias investigações, uma vez que essas atividades puderam identificar se a comunicação do indivíduo está ou não alterada (12,13).

Outro passo importante é a avaliação fonoaudiologica, no que se refere  ao exame da linguagem são avaliados os aspectos sintático, semântico, morfo-sintático e pragmatismo como a intenção e interação comunicativa do indivíduo, onde é observada a organização do discurso, manejo da informação e linguagem como forma de intervir na relação social (10,11).

No caso relatado para avaliar os aspectos citados a cima foi utilizado, uma conversa formal e informal, jogos de encaixe, pintura e bola, pois a importância e eficácia desse tipo de exercício para avaliar

Na avaliação é onde se pode observar e pontuar as alterações que forem identificadas no sujeito, onde indivíduos com autismo tem grande possibilidade de apresentarem alterações comunicativas, haja vista que essa é uma característica típica dessa síndrome, uma vez apresentada a alteração na linguagem comunicativa é necessário o acompanhamento fonoaudiologico, pois o fonoaudiólogo é o profissional qualificado para tratar dessas alterações (14,15).

Nas terapias fonoaudiologicas o terapeuta vai observar e estimular todo esse processo de intenção e interação comunicativa, em se tratando de atendimentos a criança é fundamental a utilização de atividades lúdicas com, pinturas, jogos de encaixe e quebra cabeça, pois essas atividades tendem a despertar mais interesses nesses indivíduos assim favorecendo um melhor processo comunicativo desses pacientes autistas e automaticamente melhorando a sua qualidade de vida (16,17,18).


CONCLUSÃO



Pudemos evidenciar e concluir que o método da ludicidade é um fator extremamente importante de ser utilizado nas terapias fonoaudiologicas com crianças com alterações de intenção e interação comunicativa, assim contribuindo para seu melhor desenvolvimento comunicativo interacional.




REFERÊNCIAS

1. Ajuriahuerra J. Las Psicosis Infantiles. In: Manual de Psiquiatria Infantil. 4ª ed. Barcelona: Toray-Masson; 2004. p. 673-731.

2. Kanner L. In: Gadia, A C, Tuchman R, Rotta N. Autismo e doenças evasivas do desenvolvimento. Site scielo. 2004. p. 1.

3. Gilberg G. Infantile autism diagnosis and treatment. In: Sprovieri, H M, Assunpção, B F. Dinâmica Familiar de crianças autistas. Site scielo. 2001; p. 1.

4. Wing, L. Que é autismo. Autismo. Rio de Janeiro: Revinter, 1996. p. 5.

5. Bryzz, K. Contribuições das Narrativas ao histórico Lúdico. In: Parham, D. L.; Fazio, S. A recreação na Terapia Ocupacional Pediátrica. São Paulo: Santos, 2002. p. 24.
6. Wing, L. A abordagem educacional para crianças autistas. In: Gauderer, C. Autismo e outros atrasos do desenvolvimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1997. p. 109.

7. Rutter, M. Autismo Infantil. In: Gauderer, C. Autismo e outros atrasos do desenvolvimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1997. p. 81.

8. Casanova JP. Manual de fonoaudiologia. 2ª ed: Disfasia infantil e afasia congênita. Artmed. 1997; 9-1.

9. Arantes LO. O fonoaudiólogo, este aprendiz de feiticeiro. 2ª ed. Cortez. 1997; p. 29.

10. Gerber A. Problemas de aprendizagem relacionados à linguagem. Lovise. 1996; p. 53-2.

11. . Zorzi J. O fonoaudiólogo, este aprendiz de feiticeiro. In: Lier- DVFM. Fonoaudiologia no sentido da linguagem. 2ª ed. Cortez. 1997; p. 30.

12. Aguado G. Atraso de linguagem. In: Manual de fonoaudiologia. 2ª ed. 2002; 203-14.

13. Leon, C. V. O que e como ensinar ao Autista. In: Gauderer, C. Autismo e outros atrasos do desenvolvimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1997. p. 224.
14. Pastorello ML. Fonoaudiologia em distúrbios psiquiátricos na infância. Lovis. 1995; p. 45-3.

15. Fernandes MDF, Pastorello ML, Sehuer IC. Fonoaudiologia em distúrbios psiquiátricos na infância. Lovise. 1995; p. 55-3.

16.  Tantam D. Fonoaudiologia em distúrbios psiquiátricos na infância. Lovise. 1995; 57-3.

17. Paimes MP. Afasia infantil. In: Manual de fonoaudiologia. 2ª ed. Artmed. 2002; 281-18.

18. Monfort M. Disfasia e Afasia congênita. In: Manual de fonoaudiologia. 2 edª: Artmed. 2002; 216-15.









 

ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA NO ÂMBITO ESCOLAR

ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA NO ÂMBITO ESCOLAR
Fonoaudióloga Ana Tereza de Almeida Costa

Resumo:
A fonoaudiologia é o estudo integrado da linguagem humana e audição que leva a transmissão de conhecimentos através da expressão oral e escrita; sendo o fonoaudiólogo um profissional da comunicação humana, pois trabalha com crianças que apresentam distúrbios articulatórios, desvios fonológicos, dificuldade de aprendizagem, deficiência auditiva, disfonias, problemas que afetam a linguagem, alteração da musculatura oral. Verifica-se desta forma a necessidade de atuação fonoaudiológica quando a comunicação não se realiza de maneira eficaz.

Introdução:
A fonoaudiologia é uma ciência que estuda a comunicação humana, sendo os distúrbios de comunicação uma das causas das dificuldades escolares; o fonoaudiólogo se insere no contexto escolar fornecendo aos professores conhecimentos necessários para o melhor desempenho comunicativo das crianças.
A fonoaudiologia escolar atua tanto nas escolas comuns, quanto nas escolas inclusivas e escolas especiais.
A escola e o fonoaudiólogo compartilham juntamente com a família a responsabilidade de assentar as bases para que as alterações da comunicação e da linguagem que estão se desenvolvendo e evidenciando na instituição escolar, sejam detectadas a tempo e sejam dados os primeiros passos para sua possível solução, sendo, pois este, outro campo em que se ressalta a importância da relação fonoaudiólogo e escola.
Vários são os distúrbios encontrados nas escolas, entre os mais freqüentes estão: Atrasos globais de linguagem, distúrbios articulatórios de aprendizagem, gagueira, perdas auditivas, distúrbios de leitura e escrita entre muitos outros.
A conscientização da grande importância  do profissional da fonoaudiologia no âmbito escolar está hoje sendo requisitada em várias escolas que reconhecem a importância e necessidade da atuação deste profissional, objetivando propiciar aos seus alunos uma melhor qualidade educacional.
Contudo, o papel do fonoaudiólogo nas escolas consiste em: tarefas de prevenção (detecção precoce dos distúrbios), informativo a pais e educadores, estimulação da linguagem, colaboração no planejamento dos programas psicopedagogicos e das atividades em sala de aula, encaminhamentos e assessoramento de pais e professores, acompanhamento de casos. O fonoaudiólogo realiza também triagens, estas se constituem por uma bateria de testes rápidos, elaborados pelo fonoaudiólogo, através dos quais observa-se a linguagem oral e/ou escrita da criança. Promover discussão sobre o desenvolvimento da fala, linguagem e audição, estabelecer as relações entre fala, alimentação e respiração e orientar atitudes e procedimentos que possam favorecer o equilíbrio entre essas funções; orientar e assessorar a realização de trabalhos lúdicos para o desenvolvimento adequado da motricidade oral; incentivar a prática e atividades, em sala de aula, que favoreçam a comunicação; alertar para as conseqüências dos hábitos bucais inadequados, sugerindo soluções para prevenir e minimizar o problema; enfatizar a importância da pré escolar no processo de alfabetização indicando alternativas.
O trabalho com educadores se faz através de pequenos grupos em reuniões periódicas onde são esclarecidos as dificuldades e oferecidos novos conhecimentos aos educadores.
O trabalho em pequenos grupos deve ser formado a partir de interesses comuns dos professores, assim permitindo melhor aproveitamento aos conteúdos abordados. As reuniões devem ocorrer periódica e sistematicamente e, nestas condições, o profissional da escola sente-se à-vontade para apresentar as suas duvidas e expor os problemas mais comuns que afetam o grupo de crianças com que lida.
O trabalho com os pais deve contemplar o atendimento individual, nas situações em que houver necessidades de orientações e encaminhamentos específicos, através de palestras ou reuniões onde se abordem temas relacionados à aquisição da linguagem e sua evolução e aspectos que possam interferir no processo de comunicação. A orientação é feita em pequenos grupos ou individualmente.
Outro fator importante a ser citado aqui é sobre o uso profissional da voz do professor que está sujeito a alterações vocais, onde o papel do fonoaudiólogo é essencial para tal profissional.
Sendo que a atuação do fonoaudiólogo nas escolas vai variar de acordo com o tipo de escola. O fonoaudiólogo vai atuar na equipe escolar como assessor e consultor, além do acompanhamento com os alunos é realizado um trabalho com os educadores, no sentido de utilizar técnicas que os auxiliem de uma maneira diferenciada na prática, assim são capazes de detectar possíveis distúrbios e fazer o devido encaminhamento.

Justificativa:

            A escola é um espaço de ensino, aprendizagem, convivência e desenvolvimento; um espaço de vida diária privilegiado para promoção a saúde, pois representa um ambiente no quais as pessoas passam parte do tempo de sua vida e onde são formados valores fundamentais.
            Considerando a escola como espaço de relações interpessoais mediadas pela linguagem, e sendo esta uma das especialidades da fonoaudiologia, o fonoaudiólogo escolar passa a ter um papel de extrema relevância nas instituições educacionais, uma vez que tem como propostas favorecer as condições de interlocução comunicativa. Na educação infantil, no que diz respeito à linguagem, e mais especificamente, nas séries iniciais, observando a forma como as crianças utilizam da linguagem para se comunicar com os outros, seja através de gestos, poucas palavras ou troca na fala, que podem dificultar a inteligibilidade do conteúdo. Conhecedor do desenvolvimento da linguagem da criança, tanto no âmbito da normalidade quanto no da patologia, o fonoaudiólogo é capaz de favorecer ao professorado, com maior segurança, o que é natural ou não para cada faixa etária.

Referência:


terça-feira, 28 de setembro de 2010

CECEIO

 Com certeza você já ouviu falar em "língua presa". Na verdade, o que as pessoas chamam de língua presa tem o nome de ceceio.


Ceceio é uma distorção na fala em decorrência de uma alteração na postura da língua, que se projeta entre os dentes ou se apóia nestes. A projeção pode ser anterior ou lateral e ocorre principalmente na produção dos fonemas /s/ e /z/, dando aos sons semelhança de “x” (ex.: “S(x)abe que eu não s(x)ei?”). Pode estar relacionada ao tônus (força) da língua ou a maus hábitos, como: chupar dedo ou chupeta e alimentação muito pastosa e mole para a idade.
Nem sempre o problema é puramente estético, pois pode ser causa ou conseqüência de problemas ortodônticos ou respiratórios, sendo que um ajuda a manter o outro. Crianças que respiram pela boca, por exemplo, desenvolvem uma postura incorreta da língua (espalhada no soalho da boca) e dos lábios (sempre abertos). Essa postura acarreta flacidez da musculatura oral e da face, podendo até alterar a fisionomia da criança. A flacidez dos músculos aliada à postura inadequada da língua e dos lábios facilitam a projeção da língua durante a deglutição e a pronúncia dos fonemas.
Tratamento
Se a causa for o freio curto, pode ser necessária uma pequena cirurgia ambulatorial. Essa cirurgia é muito simples e pode ser feita em crianças pequenas que nem começaram a falar (prevenindo compensações futuras). A partir da observação do choro da criança, pediatras mais atentos conseguem detectar o problema.
O tratamento fonoaudiológico para o ceceio (após o diagnóstico e planejamento das atividades específicas) é por intermédio de exercícios, que devem ser realizados todos os dias. A dedicação do paciente é fator fundamental para que o tratamento tenha resultado, já que os exercícios melhorarão a força da musculatura e a posição da língua.
O tempo de tratamento depende de diversos fatores. Apenas o profissional poderá dizer quando é o momento da alta.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Atuação da Fonoaudiologia na Disfagia

     Disfagia é um distúrbio da deglutição, em diferentes fases: preparatória oral, faríngea e esofágica, afetando crianças e adultos. A deglutição acontece de forma imprecisa e lenta, com diferentes alimentos.
A deglutição pode ser definida pelo ato de engolir. Participam da deglutição os músculos da face, língua, mastigatórios, faríngeos, esofágicos e respiratórios. Distúrbios neurológicos que prejudicam a contração coordenada de qualquer um desses músculos podem causar disfagia e secundariamente, obstrução das vias aéreas, pneumonia por aspiração e desnutrição.
Os principais sintomas são:

As causas da disfagia são complexas mas abaixo citaremos algumas prováveis:

  • Acidente vascular encefálico

  • Paralisia cerebral

  • Traumatismo crânio encefálico

  • Câncer de laringe

  • Tumor cerebral

  • Esclerose lateral amiotrófica

  • Esclerose múltipla

  • Alzheimer

  • Parkinson

  • Distrofias neuro musculares

  • Durante recuperação pós cirúrgica
» tosse, durante ou após deglutição ou "voz molhada";
» pigarro durante ou após deglutição;
» modificação na dieta (consistência, quantidade);
» presença de sialorréia;
» variação de peso;
» incoordenação respiratória enquanto dorme;
» mudança na postura de cabeça durante alimentação;
» utilização de algum medicamento.


O fonoaudiólogo é o profissional que atua na reabilitação da disfagia. Após o diagnóstico ocorre o tratamento que é fundamental e evita complicações respiratórias, nutricionais, internações prolongadas, inclusive diminui a exposição a infecções hospitalares.
.A Reabilitação Fonoaudiológica trata-se de restabelecer a função normal, ou compensatória, fazendo com que o paciente consiga se alimentar normalmente e reduzindo a probabilidade da utilização ou indicação do uso de sonds para a alimentação; acontecendo em 2 níveis:
1. A reabilitação propriamente dita, pode ser feita através das técnicas
» passivas e ativas
2. O gerenciamento das alterações de deglutição e treinamento junto ao paciente e familiares.


Conheça mais, converse com seu fonoaudiólogo!!
Fonte: http://www.fonoaudiologia.med.br/gerontologia/32-atuacao-da-fonoaudiologia-na-disfagia

http://www.brasilfonoaudiologia.com.br/Disfagia.html

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Saúde e Higiene Vocal (para professores)

Como a voz é produzida?
A voz humana é produzida pela vibração do ar que é expulso dos pulmões pelo diafragma e que passa pelas pregas vocais e é modificado pela boca, lábios e a língua.A voz humana é produzida pelas pregas vocais (cordas vocais)
A voz é uma característica humana intimamente relacionada com a necessidade do homem de se agrupar e se comunicar. Ela é produto da nossa evolução, um trabalho em conjunto do sistema nervoso, respiratório e digestivo, e de músculos, ligamentos e ossos, harmoniosamente atuando para que se possa obter uma emissão eficiente.

Transtorno Vocal Ocupacional:
n      Recentes pesquisas mostram que fatores como:
n       demanda vocal;
n      ruído de fundo;
n       distancia interfalantes;
n       qualidade do ar;
n       doenças respiratórias associadas a resistência vocal baixa e a técnica pobre contribuem para o aparecimento de lesões nas pregas vocais e rouquidão.
A prevenção na qualidade da voz do professor capacitam o profissional nos seguintes aspectos:
n      Quanto ao conhecimento e cuidado da própria voz;
n      Reduzem o fonotrauma em sala de aula;
n      Melhoram a qualidade da voz pessoal e da voz profissional;
n      Garantem um ganho na comunicação em sala de aula.

ORIENTAÇÃO ESPECÍFICA AO PROFESSOR
n      ANTES DAS AULAS
n       Hidratação.
n       Refeições leves.
n       Exercícios de aquecimento vocal.
DURANTE AS AULAS
Manutenção da hidratação.
q     Postura ereta e flexível.
q     Apoio simultâneo dos dois pés ao solo.
q     Manter ombros e cabeça na mesma direção.
q     Movimentar-se, mas emitir sempre de frente para a turma.

n       Ao usar o quadro:
q     Proteção das vias aéreas superiores.
q     Uso de pano úmido.
q     Não falar ou aspirar ao escrever ou apagar o quadro.
APÓS AS AULAS
n      Exercícios de desaquecimento vocal.
n      Repouso vocal (5 a 10 minutos).
Aquecimento Vocal
n      Permitir às pregas vocais maior flexibilidade.
n      Deixar a mucosa mais solta.
n      Dar maior intensidade e projeção à voz.
n      Proporcionar uma melhor articulação dos sons.
n      Reunir melhores condições gerais de produção vocal.
Desaquecimento
n      Propiciar o retorno ao ajuste fonorespiratório da voz coloquial.

OBS: sinais de rouquidão por mais de 15 dias procure um especialista Otorrino ou Fonoaudiologo

Disfagia em recém nascidos e lactentes

A disfagia ocorre quando há um descontrole na coordenação das funções de respiração e de alimentação. Pode- se dar como resultado de danos neurológicos congênitos ou adquiridos, estruturais ou funcionais, ou como consequência de estados mórbidos. Os distúrbios da deglutição no período neonatal ou lactente podem ser resultantes diretos de uma injúria ou ocorrer como problema associado, secundário à injúria ou ainda fazer parte de um quadro de doença sistêmica. Nas unidades neonatais, a população de risco requer com maior frequência a intervenção fonoaudiológica é, sem sombra de dúvida, a dos RNPTs. Embora a dificuldade por eles apresentada não possa ser considerada a priori como disfagia, sendo melhor conceituada como distúrbio transitório, pode evoluir para um quadro de dificuldade persistente, pois além da imaturidade característica do quadro, os RNPTs apresentam inúmeras condições frequentemente acompanhadas de disfunção na alimentação tais como: peso, muito desconforto respiratório ou doenças pulmonar da membrana hialina, hemorragia craniana peri e intraventricular, anemia, alterações metabólicas, displasia broncopulmonar e outros eventos que podem comprometer o funcionamento de seu sistema nervoso central e sua vitalidade geral. Assim é que diversos autores especializados apontam a prematuridade como causa da dificuldade persistente de deglutição.
O fenômeno da disfagia infantil difere em inúmeros aspectos de sua ocorrência na fase adulta. Em primeiro lugar, porque a fisiologia da deglutição no recém nascido e no lactente nos primeiros meses é ímpar, uma vez que envolve a succção como seu primeiro passo. Suas causas estão frequentemente ligadas a anormalidades congênitas, funcionais ou anatômicas e surgem nas primeiras tentativas de alimentar o bebê. E além disso, as aspirações são muito significativas na infância, devido às conexões anatômicas entre as vias digestivas e respiratórias e á ausencia dos mecanismos compensatórios que permitem ao adulto proteger as vias aéreas. Portanto, prevenir e intervir precocemente nas disfagias infantis é de extrema impôrtancia a curto, médio e longo prazos.
A intervenção terapêutica, nessa perspectiva de trabalho, tem por sustentação três pilares:
1. A avaliação clínica da alimentação
2. A intervenção terapêutica direta com RN ou lactente.
3. A atuação junto à equipe e à familia.


Autora: Ana Maria Hernandez e colaboradores em: Atuação Fonoaudiologica no Ambiente Hospitalar, editora Revinter 2001. Rio de janeiro. paginas 3,4,5-1

terça-feira, 21 de setembro de 2010

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

         Dificuldade de aprendizagem, é um tipo de desordem pela qual um indivíduo apresenta dificuldades em aprender efetivamente. Essa desordem afeta a capacidade do cérebro em receber e processar informação.

ETIOLOGIA

         Abuso de drogas
         Má nutrição
         Herança genética dos pais
         Falta de envolvimento dos pais durante as fases de desenvolvimento precoce do bebê
         Fatores orgânicos: relacionados com aspectos do funcionamento anatômico, como o funcionamento dos órgãos dos sentidos e do sistema nervoso central - alterações no processamento e habilidades auditivas;
         Variáveis ambientais, como ambientes familiares e educacionais inadequados.

Equipe Multidisciplinar

         Neurologista
         Otorrinolaringologista
         Oftalmologista
         Psicólogo
         Psicopedagogo
         Fonoaudiologo

A dificuldade mais conhecida e que vem tendo grande repercussão na atualidade é a dislexia, porém, é necessário estarmos atentos a outros sérios problemas: disgrafia, discalculia, dislalia, disortografia e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).

DISLEXIA
         Caracteriza-se por uma dificuldade na área da leitura, escrita e soletração.
         Sinais indicadores de dislexia:
-         Pré-Escola, pré-alfabetização
         Aquisição tardia da fala
         Pronunciação constantemente errada de algumas sílabas
          Crescimento lento do vocabulário
         Problemas em seguir rotinas
         Dificuldade em aprender cores, números e copiar seu próprio nome
         Falta de habilidade para tarefas motoras finas (abotoar, amarrar sapato, ...)
         Não conseguir narrar uma história conhecida em seqüência correta
         Não memorizar nomes ou símbolos
         Dificuldade em pegar uma bola
Início do ensino fundamental - Alfabetização
         Dificuldades mais identificadas :
         fala.
         aprender o alfabeto planejamento e execução motora de letras e números preensão do lápis motricidade fina e do esquema corporal.
         separar e seqüenciar sons (ex: p – a – t – o ) habilidades auditivas - rimas
         discriminar fonemas de sons semelhantes: t /d; - g / j; - p / b.,
          diferenciação de letras com orientação espacial: d /b ;- d / p; - n /u; - m / u pequenas diferenças gráficas: e / a;- j / i;- n / m;- u /v
          orientação temporal (ontem – hoje – amanhã, dias da semana, meses do ano)
         orientação espacial (lateralidade difusa, confunde a direita e esquerda, embaixo, em cima) execução da letra cursiva

DISGRAFIA

         Também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível.
Algumas crianças com disgrafia possui também uma disortografia amontoando letras para esconder os erros ortográficos. Mas não são todos disgráficos que possuem disortografia
A disgrafia, porém, não está associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual.
Características:
         Lentidão na escrita, Letra ilegível, Escrita desorganizada.
- - Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves.
- - Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial.
- - Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda da folha.
- - Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas, omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos contrários à escrita (um S ao invés do 5 por exemplo).
- - Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita alongada ou comprida.
- - O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares.
- - Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular

DISCALCULIA

         É definido como uma desordem neurológica específica que afeta a habilidade de uma pessoa de compreender e manipular números.
         Sintomas potenciais
         Dificuldades freqüentes com os números, confundindo as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão.
         Problemas de diferenciar entre esquerdo e direito.
         A inabilidade de dizer qual de dois números é o maior.

DISLALIA

         Consiste na má articulação das palavras, seja omitindo ou acrescentando fonemas, trocando um pelo outro, ou ainda distorcendo fonemas. Quando a criança não consegue desenvolver um bom padrão de fala, com distinções claras dos fonemas acabará passando estas trocas para a escrita.

         Etiologia:
         A dislalia funcional é a mais frequente e se caracteriza incorretamente o ponto e modo de articulação do fonema.
         A dislalia orgânica faz com que a criança tenha dificuldades para articular determinados fonemas por problemas orgânicos. Quando apresentam alterações nos neurônios cerebrais, ou alguma má formação ou anomalias nos órgãos da fala.
         A dislalia audiógena se caracteriza por dificuldades por problemas auditivos. A criança se sente incapaz de pronunciar corretamente os fonemas porque não ouvem bem. Em alguns casos, é necessário que as crianças utilizem próteses.

DISORTOGRAFIA

         Disortografia é a dificuldade do aprendizado e do desenvolvimento da habilidade da linguagem escrita expressiva.Esta dificuldade pode ocorrer associada ou não a dificuldade de leitura, isto é, a dislexia.
Características:
- Troca de letras que se parecem sonoramente: faca/vaca, chinelo/jinelo, porta/borta.
- - Confusão de sílabas como: encontraram/encontrarão.
- - Adições: ventitilador.
- - Omissões: cadeira/cadera, prato/pato.
- - Inversões: pipoca/picoca.
- - Junções: No diaseguinte, sairei maistarde.

TDHA -Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

         O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico.Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade.
         Apresentam esse transtorno pessoas cuja bioquímica cerebral está comprometida e, portanto, absorve menos glicose em seu Lobo Frontal, o que compromete, inclusive, a liberação de dopamina (substância do prazer) e da endorfina. A pessoa passa a filtrar menos ou inadequadamente a quantidade e a velocidade de seus pensamentos e/ou ações.

Como se percebe a Hiperatividade na escola?

         A criança não fica parada na sala de aula;
         - Fala muito com os colegas;
         - Interrompe de maneira imprópria à professora;
         - Iniciativas descontroladas;
         - Tumultua a classe com brincadeiras fora de hora;
         - Apresenta desempenho abaixo do esperado, apesar de possuir inteligência normal ou acima do normal.