quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dia Mundial da Saúde - 07 de Abril

No Dia Mundial da Saúde adote hábitos que garantem a longevidade
Dia da Água, Dia do Rim, Dia da Nutrição… essas datas podem soar sem propósito. Mas tem um objetivo muito claro: alertar a população sobre hábitos que melhoram a saúde e consequentemente a qualidade de vida.
Este é o caso do Dia Mundial da Saúde. A data, criada em 07 de Abril de 1948 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), surgiu da preocupação de seus integrantes em manter o bom estado de saúde da população e alertar sobre os principais problemas que podem afetá-la.

Segundo a OMS, ter saúde é garantir a condição de bem estar das pessoas, mantendo os aspectos físicos, mentais e sociais das mesmas em harmonia. Pensando em soluções práticas para o dia a dia, Paulo Maurício Chagas Bruno, superintendente clínico do Hospital viValle selecionou algumas dicas importantes, para serem anotadas na agenda e virarem hábitos para uma vida mais saudável:

Atenção com a alimentação
Quando adotamos hábitos alimentares inadequados, colocamos em risco nossos melhores esforços para controlar o peso e fortalecer nosso corpo. O grande segredo é comer um pouco de tudo, o famoso prato colorido. Elimine da dieta o excesso de gorduras e carnes vermelhas e acrescente cereais integrais, legumes e verduras. Beba muita água, sempre.

Pratique exercícios físicos
Procure fazer pelo menos três caminhadas de 30 minutos por semana. Além de ajudar a queimar calorias, a prática de exercícios regularmente acelera o metabolismo dificultando o aumento de peso. Mas antes de estabelecer esta nova rotina, procure seu médico, para certificar-se que tudo está bem e que você não tem nenhuma restrição.

Lembre-se que fumar é prejudicial à saúde
Fique longe deste vício. No Brasil, cerca de 200 mil mortes por ano estão relacionadas ao tabagismo.

(Por Monique dos Anjos)
fonte:mdemulher

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A INFLUÊNCIA DA LUDICIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DA INTENÇÃO E INTERAÇÃO COMUNICATIVA DE UM INDIVÍDUO COM AUTISMO

RELATO DE CASO


A INFLUÊNCIA DA LUDICIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DA INTENÇÃO E INTERAÇÃO COMUNICATIVA DE UM INDIVÍDUO COM AUTISMO


Ana Ester Morais Alves¹, Érica Alessandra Caldas², Camila Malcher Teixeira³


RESUMO

O autismo é considerado atualmente como uma síndrome comportamental com etiologias múltiplas em conseqüência de um distúrbio de desenvolvimento, sendo caracterizado por déficit na interação social. Apresentamos aqui o caso de um paciente encaminhado a Clinica Escola de Fonoaudiologia do UniCEUMA em São Luis do Maranhão, com autismo, apresentando sinais de alterações na comunicação oral. O indivíduo foi submetido a um protocolo de anamnese e uma avaliação fonoaudiológica de linguagem, onde foi constatada grande alteração no que se refere à intenção e interação comunicativa do indivíduo, devido a esse fator o paciente passou por sessões fonoterapêuticas envolvendo a ludicidade, onde se pode observar no decorrer das sessões a influência e a eficácia do lúdico para o desenvolvimento da intenção e interação comunicativa do indivíduo.


Unitermos: Autismo; Intenção; Interação; Ludicidade

INTRODUÇÃO

 

A expressão autismo foi utilizada pela primeira vez por Bleuler em 1911, para designar a perda do contacto com a realidade, o que acarretava uma grande dificuldade ou impossibilidade de comunicação (1). Kanner, em 1943, usou a mesma expressão para descrever 11 crianças que tinham em comum comportamento bastante original, sugerindo que se tratava de uma inabilidade inata para estabelecer contacto afetivo e interpessoal (2).

O autismo é considerado hoje em dia como uma síndrome comportamental com etiologia múltiplas em conseqüência de um distúrbio de desenvolvimento, sendo caracterizado por déficit na interação social visualizado pela inabilidade em relacionar-se com os outros, usualmente combinado com déficits de linguagem e alterações de comportamento (3).

A maioria das crianças autistas se relaciona com os adultos apenas como provedores mecânicos de suas necessidades elementares, mas depois se tendem a afastar-se quando são feitas tentativas de comunicação ou até ficam próximas, mas nunca fazem contato espontaneamente ou demonstram qualquer desejo positivo de interação social (4).
O lúdico é uma forma pela quais as crianças podem perceber como se encaixam
dentro de um ambiente, além de promover o processo de socialização e interação com o próximo (5). As técnicas terapêuticas envolvendo a ludicidade têm um papel fundamental na contribuição para o desenvolvimento dessas relações sociais entre elas a intenção e interação comunicativa desses indivíduos (6).

 
CASO CLINICO


Neste artigo, apresentamos um caso de um paciente portador de autismo, do sexo masculino, 13 anos, natural e procedente de São Luis-Maranhão, com déficits intelectuais e alterações em nível de linguagem, o mesmo foi encaminhado a Clinica Escola de Fonoaudiologia do UniCEUMA. O paciente foi submetido a um protocolo de anamnese e avaliação fonoaudiologica, além da conversa formal e informal, foi lhe oferecido várias atividades lúdicas, como jogos de encaixe e bola, onde foram observadas alterações em níveis de intenção e interação comunicativa, ocorrendo ausência de iniciativa para a comunicação tanto gestual como a oral, pois o paciente não demonstrou nenhuma forma de interesse pelo que lhe foi apresentado, o mesmo sempre isolado, distante e de cabeça baixa sem demonstrar qualquer tipo de reação quanto à intenção de realizar as atividades e muito menos a de interagir com o terapeuta. Realizada a avaliação e identificação da alteração, o paciente passou por sessões fonoterapêuticas, onde utilizamos os mesmos recursos da avaliação, as atividades envolvendo a ludicidade com, bola, jogos de encaixe, quebra cabeça e pintura, na terceira sessão o paciente apresentou a primeira tentativa de intenção comunicativa, quando colocado os blocos de encaixe sobre a mesa, o individuo olhou para os mesmo e o pegou pela primeira vez, na quarta sessão o paciente já passou a interagir com o terapeuta, já conversavam de forma esporádica e montava os blocos de encaixe, hoje em dia o paciente obedece a ordem simples, realiza atividades de pintura, adora jogar bola e sai sempre abraçado da sala de terapia com o seu terapeuta, assim podemos afirmar com toda e total convicção a influência e a eficácia do lúdico para o desenvolvimento da comunicação, principalmente nos níveis de intenção e interação comunicativa de um individuo.


DISCUSSÃO


O autismo caracteriza-se com uma alteração na linguagem comunicativa do indivíduo (7). Essas alterações na comunicação requerem um enfoque metodológico especial e para diagnosticar o problema, inicialmente é feito uma anamnese, ou seja, uma conversa inicial onde essa anamnese deve seguir toda história clínica, definindo ao máximo todos os dados da enfermidade atual, os antecedentes pessoais, aspectos fisiológicos, patológicos e sociais, pois uma história completa e detalhada evita erros, assim obtendo um diagnóstico correto e preciso (8,9).

a linguagem comunicativa foram demonstradas em várias investigações, uma vez que essas atividades puderam identificar se a comunicação do indivíduo está ou não alterada (12,13).

Outro passo importante é a avaliação fonoaudiologica, no que se refere  ao exame da linguagem são avaliados os aspectos sintático, semântico, morfo-sintático e pragmatismo como a intenção e interação comunicativa do indivíduo, onde é observada a organização do discurso, manejo da informação e linguagem como forma de intervir na relação social (10,11).

No caso relatado para avaliar os aspectos citados a cima foi utilizado, uma conversa formal e informal, jogos de encaixe, pintura e bola, pois a importância e eficácia desse tipo de exercício para avaliar

Na avaliação é onde se pode observar e pontuar as alterações que forem identificadas no sujeito, onde indivíduos com autismo tem grande possibilidade de apresentarem alterações comunicativas, haja vista que essa é uma característica típica dessa síndrome, uma vez apresentada a alteração na linguagem comunicativa é necessário o acompanhamento fonoaudiologico, pois o fonoaudiólogo é o profissional qualificado para tratar dessas alterações (14,15).

Nas terapias fonoaudiologicas o terapeuta vai observar e estimular todo esse processo de intenção e interação comunicativa, em se tratando de atendimentos a criança é fundamental a utilização de atividades lúdicas com, pinturas, jogos de encaixe e quebra cabeça, pois essas atividades tendem a despertar mais interesses nesses indivíduos assim favorecendo um melhor processo comunicativo desses pacientes autistas e automaticamente melhorando a sua qualidade de vida (16,17,18).


CONCLUSÃO



Pudemos evidenciar e concluir que o método da ludicidade é um fator extremamente importante de ser utilizado nas terapias fonoaudiologicas com crianças com alterações de intenção e interação comunicativa, assim contribuindo para seu melhor desenvolvimento comunicativo interacional.




REFERÊNCIAS

1. Ajuriahuerra J. Las Psicosis Infantiles. In: Manual de Psiquiatria Infantil. 4ª ed. Barcelona: Toray-Masson; 2004. p. 673-731.

2. Kanner L. In: Gadia, A C, Tuchman R, Rotta N. Autismo e doenças evasivas do desenvolvimento. Site scielo. 2004. p. 1.

3. Gilberg G. Infantile autism diagnosis and treatment. In: Sprovieri, H M, Assunpção, B F. Dinâmica Familiar de crianças autistas. Site scielo. 2001; p. 1.

4. Wing, L. Que é autismo. Autismo. Rio de Janeiro: Revinter, 1996. p. 5.

5. Bryzz, K. Contribuições das Narrativas ao histórico Lúdico. In: Parham, D. L.; Fazio, S. A recreação na Terapia Ocupacional Pediátrica. São Paulo: Santos, 2002. p. 24.
6. Wing, L. A abordagem educacional para crianças autistas. In: Gauderer, C. Autismo e outros atrasos do desenvolvimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1997. p. 109.

7. Rutter, M. Autismo Infantil. In: Gauderer, C. Autismo e outros atrasos do desenvolvimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1997. p. 81.

8. Casanova JP. Manual de fonoaudiologia. 2ª ed: Disfasia infantil e afasia congênita. Artmed. 1997; 9-1.

9. Arantes LO. O fonoaudiólogo, este aprendiz de feiticeiro. 2ª ed. Cortez. 1997; p. 29.

10. Gerber A. Problemas de aprendizagem relacionados à linguagem. Lovise. 1996; p. 53-2.

11. . Zorzi J. O fonoaudiólogo, este aprendiz de feiticeiro. In: Lier- DVFM. Fonoaudiologia no sentido da linguagem. 2ª ed. Cortez. 1997; p. 30.

12. Aguado G. Atraso de linguagem. In: Manual de fonoaudiologia. 2ª ed. 2002; 203-14.

13. Leon, C. V. O que e como ensinar ao Autista. In: Gauderer, C. Autismo e outros atrasos do desenvolvimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1997. p. 224.
14. Pastorello ML. Fonoaudiologia em distúrbios psiquiátricos na infância. Lovis. 1995; p. 45-3.

15. Fernandes MDF, Pastorello ML, Sehuer IC. Fonoaudiologia em distúrbios psiquiátricos na infância. Lovise. 1995; p. 55-3.

16.  Tantam D. Fonoaudiologia em distúrbios psiquiátricos na infância. Lovise. 1995; 57-3.

17. Paimes MP. Afasia infantil. In: Manual de fonoaudiologia. 2ª ed. Artmed. 2002; 281-18.

18. Monfort M. Disfasia e Afasia congênita. In: Manual de fonoaudiologia. 2 edª: Artmed. 2002; 216-15.









 

ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA NO ÂMBITO ESCOLAR

ATUAÇÃO FONOAUDIOLOGICA NO ÂMBITO ESCOLAR
Fonoaudióloga Ana Tereza de Almeida Costa

Resumo:
A fonoaudiologia é o estudo integrado da linguagem humana e audição que leva a transmissão de conhecimentos através da expressão oral e escrita; sendo o fonoaudiólogo um profissional da comunicação humana, pois trabalha com crianças que apresentam distúrbios articulatórios, desvios fonológicos, dificuldade de aprendizagem, deficiência auditiva, disfonias, problemas que afetam a linguagem, alteração da musculatura oral. Verifica-se desta forma a necessidade de atuação fonoaudiológica quando a comunicação não se realiza de maneira eficaz.

Introdução:
A fonoaudiologia é uma ciência que estuda a comunicação humana, sendo os distúrbios de comunicação uma das causas das dificuldades escolares; o fonoaudiólogo se insere no contexto escolar fornecendo aos professores conhecimentos necessários para o melhor desempenho comunicativo das crianças.
A fonoaudiologia escolar atua tanto nas escolas comuns, quanto nas escolas inclusivas e escolas especiais.
A escola e o fonoaudiólogo compartilham juntamente com a família a responsabilidade de assentar as bases para que as alterações da comunicação e da linguagem que estão se desenvolvendo e evidenciando na instituição escolar, sejam detectadas a tempo e sejam dados os primeiros passos para sua possível solução, sendo, pois este, outro campo em que se ressalta a importância da relação fonoaudiólogo e escola.
Vários são os distúrbios encontrados nas escolas, entre os mais freqüentes estão: Atrasos globais de linguagem, distúrbios articulatórios de aprendizagem, gagueira, perdas auditivas, distúrbios de leitura e escrita entre muitos outros.
A conscientização da grande importância  do profissional da fonoaudiologia no âmbito escolar está hoje sendo requisitada em várias escolas que reconhecem a importância e necessidade da atuação deste profissional, objetivando propiciar aos seus alunos uma melhor qualidade educacional.
Contudo, o papel do fonoaudiólogo nas escolas consiste em: tarefas de prevenção (detecção precoce dos distúrbios), informativo a pais e educadores, estimulação da linguagem, colaboração no planejamento dos programas psicopedagogicos e das atividades em sala de aula, encaminhamentos e assessoramento de pais e professores, acompanhamento de casos. O fonoaudiólogo realiza também triagens, estas se constituem por uma bateria de testes rápidos, elaborados pelo fonoaudiólogo, através dos quais observa-se a linguagem oral e/ou escrita da criança. Promover discussão sobre o desenvolvimento da fala, linguagem e audição, estabelecer as relações entre fala, alimentação e respiração e orientar atitudes e procedimentos que possam favorecer o equilíbrio entre essas funções; orientar e assessorar a realização de trabalhos lúdicos para o desenvolvimento adequado da motricidade oral; incentivar a prática e atividades, em sala de aula, que favoreçam a comunicação; alertar para as conseqüências dos hábitos bucais inadequados, sugerindo soluções para prevenir e minimizar o problema; enfatizar a importância da pré escolar no processo de alfabetização indicando alternativas.
O trabalho com educadores se faz através de pequenos grupos em reuniões periódicas onde são esclarecidos as dificuldades e oferecidos novos conhecimentos aos educadores.
O trabalho em pequenos grupos deve ser formado a partir de interesses comuns dos professores, assim permitindo melhor aproveitamento aos conteúdos abordados. As reuniões devem ocorrer periódica e sistematicamente e, nestas condições, o profissional da escola sente-se à-vontade para apresentar as suas duvidas e expor os problemas mais comuns que afetam o grupo de crianças com que lida.
O trabalho com os pais deve contemplar o atendimento individual, nas situações em que houver necessidades de orientações e encaminhamentos específicos, através de palestras ou reuniões onde se abordem temas relacionados à aquisição da linguagem e sua evolução e aspectos que possam interferir no processo de comunicação. A orientação é feita em pequenos grupos ou individualmente.
Outro fator importante a ser citado aqui é sobre o uso profissional da voz do professor que está sujeito a alterações vocais, onde o papel do fonoaudiólogo é essencial para tal profissional.
Sendo que a atuação do fonoaudiólogo nas escolas vai variar de acordo com o tipo de escola. O fonoaudiólogo vai atuar na equipe escolar como assessor e consultor, além do acompanhamento com os alunos é realizado um trabalho com os educadores, no sentido de utilizar técnicas que os auxiliem de uma maneira diferenciada na prática, assim são capazes de detectar possíveis distúrbios e fazer o devido encaminhamento.

Justificativa:

            A escola é um espaço de ensino, aprendizagem, convivência e desenvolvimento; um espaço de vida diária privilegiado para promoção a saúde, pois representa um ambiente no quais as pessoas passam parte do tempo de sua vida e onde são formados valores fundamentais.
            Considerando a escola como espaço de relações interpessoais mediadas pela linguagem, e sendo esta uma das especialidades da fonoaudiologia, o fonoaudiólogo escolar passa a ter um papel de extrema relevância nas instituições educacionais, uma vez que tem como propostas favorecer as condições de interlocução comunicativa. Na educação infantil, no que diz respeito à linguagem, e mais especificamente, nas séries iniciais, observando a forma como as crianças utilizam da linguagem para se comunicar com os outros, seja através de gestos, poucas palavras ou troca na fala, que podem dificultar a inteligibilidade do conteúdo. Conhecedor do desenvolvimento da linguagem da criança, tanto no âmbito da normalidade quanto no da patologia, o fonoaudiólogo é capaz de favorecer ao professorado, com maior segurança, o que é natural ou não para cada faixa etária.

Referência: