quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Disfagia em recém nascidos e lactentes

A disfagia ocorre quando há um descontrole na coordenação das funções de respiração e de alimentação. Pode- se dar como resultado de danos neurológicos congênitos ou adquiridos, estruturais ou funcionais, ou como consequência de estados mórbidos. Os distúrbios da deglutição no período neonatal ou lactente podem ser resultantes diretos de uma injúria ou ocorrer como problema associado, secundário à injúria ou ainda fazer parte de um quadro de doença sistêmica. Nas unidades neonatais, a população de risco requer com maior frequência a intervenção fonoaudiológica é, sem sombra de dúvida, a dos RNPTs. Embora a dificuldade por eles apresentada não possa ser considerada a priori como disfagia, sendo melhor conceituada como distúrbio transitório, pode evoluir para um quadro de dificuldade persistente, pois além da imaturidade característica do quadro, os RNPTs apresentam inúmeras condições frequentemente acompanhadas de disfunção na alimentação tais como: peso, muito desconforto respiratório ou doenças pulmonar da membrana hialina, hemorragia craniana peri e intraventricular, anemia, alterações metabólicas, displasia broncopulmonar e outros eventos que podem comprometer o funcionamento de seu sistema nervoso central e sua vitalidade geral. Assim é que diversos autores especializados apontam a prematuridade como causa da dificuldade persistente de deglutição.
O fenômeno da disfagia infantil difere em inúmeros aspectos de sua ocorrência na fase adulta. Em primeiro lugar, porque a fisiologia da deglutição no recém nascido e no lactente nos primeiros meses é ímpar, uma vez que envolve a succção como seu primeiro passo. Suas causas estão frequentemente ligadas a anormalidades congênitas, funcionais ou anatômicas e surgem nas primeiras tentativas de alimentar o bebê. E além disso, as aspirações são muito significativas na infância, devido às conexões anatômicas entre as vias digestivas e respiratórias e á ausencia dos mecanismos compensatórios que permitem ao adulto proteger as vias aéreas. Portanto, prevenir e intervir precocemente nas disfagias infantis é de extrema impôrtancia a curto, médio e longo prazos.
A intervenção terapêutica, nessa perspectiva de trabalho, tem por sustentação três pilares:
1. A avaliação clínica da alimentação
2. A intervenção terapêutica direta com RN ou lactente.
3. A atuação junto à equipe e à familia.


Autora: Ana Maria Hernandez e colaboradores em: Atuação Fonoaudiologica no Ambiente Hospitalar, editora Revinter 2001. Rio de janeiro. paginas 3,4,5-1

Nenhum comentário:

Postar um comentário